A biometria avança a passos largos no país. Segundo informações da Justiça Eleitoral, a identificação pelas impressões digitais já atingiu 78,08% do número de votantes, ou seja, 115.469.403 pessoas. A implantação do cadastro biométrico começou em 2008 e 13 estados já alcançaram 99% dos eleitores. Até 2022, todo o eleitorado brasileiro deverá estar cadastrado.
Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. São essas as unidades da Federação que alcançaram 99% de eleitores cadastrados por meio da identificação dais digitais, contribuindo para que, hoje, no país inteiro, 78,08% dos cidadãos possam usar a biometria para votar.
No Ceará e no Paraná, a revisão biométrica também foi concluída, porém, o número de eleitores ficou abaixo de 99%. Quem ficou fora precisa procurar o cartório eleitoral para regularizar sua situação. Caso contrário, terá o título de eleitor cancelado e pode ter o CPF anulado ou perder benefícios do INSS.
Nos estados em que a biometria não é obrigatória para as eleições municipais de 2020 — como o Rio de Janeiro — o cidadão também pode registrar a biometria até o dia 6 de maio, ou seja, 150 dias antes da votação do primeiro turno. Porém, nestes casos, não há risco de alguma punição.
A biometria foi testada pela primeira vez nos municípios de São João Batista (SC), Fátima do Sul (MS) e Colorado do Oeste (RO), em 2008. Em 2010, o projeto atingiu outros 57 municípios, totalizando 1,1 milhão de eleitores de 60 municípios de 23 cidades votando a partir da identificação pelas digitais.
Em 2012, a biometria foi empregada em 299 municípios de 24 estados, com oito milhões de eleitores. Dois anos depois, este número pulou para cerca de 21 milhões de cidadãos de 764 municípios. Em 2016, mais de 39 milhões de eleitores de 1.541 municípios estavam cadastrados na biometria. No último pleito (2018), 73.688.208 votantes, ou seja, 50,03% do total do eleitorado, foram identificados pelas impressões digitais antes de votar.