O Tribunal de Contas da União (TCU) acaba de divulgar um guia sobre Blockchain — uma tecnologia subjacente do bitcoin e das criptomoedas — para facilitar a vida dos gestores públicos que enfrentam o processo de transformação digital. O guia faz parte de uma série de levantamentos realizados pelo TCU para entender melhor as tecnologias disruptivas e garantir mais qualidade e transparência ao funcionamento da administração pública federal.
Guia do TCU oferece framework para organizações que querem trabalhar com tecnologias descentralizadas
De olho no crescimento da tecnologia Blockchain em todo o mundo, o Tribunal de Contas da União (TCU) se antecipou e, após intenso trabalho de pesquisa, consolidou um guia, com todas as informações necessárias para os gestores públicos entenderem e aplicarem o novo sistema. O trabalho se baseia na experiência de instituições no Brasil e no exterior. Na avaliação dos técnicos do TCU, é necessário que os agentes públicos conheçam projetos e casos de uso de outros países, para avaliar a relevância do projeto Blockchain de sua organização.
Entre outras práticas, o guia propõe um modelo de avaliação de necessidade baseado em árvore de decisão. Essa fórmula permite aos gestores analisarem se a organização deve ou não adotar a tecnologia Blockchain. O documento apresenta ainda os principais fatores críticos da implementação de um projeto, e uma lista de riscos, incluindo sugestões de controles para diminui-los.
No levantamento do TCU, fica claro que é preciso tomar cuidado para que o entusiasmo com a nova tecnologia não gere desperdício de dinheiro público, principalmente se a inovação não estiver bem assimilada por quem vai usá-la. Por isso, o guia traz as informações necessárias para potencializar as chances de sucesso da implantação de soluções Blockchain e também para evitar a utilização indevida do sistema.
A tecnologia Blockchain surgiu em 2008, visando a permitir que os participantes da rede realizassem transações monetárias na internet sem a necessidade de confiar em uma autoridade central. Hoje, graças ao Blockchain, já é possível, por exemplo, executar contratos nos quais, a partir da concordância prévia das partes, o acordo é cumprido sem a necessidade de coordenação ou intervenção humana.
O guia, em formato PDF, pode ser acessado no link: https://portal.tcu.gov.