Já está no ar o questionário eletrônico do 2.º Censo do Poder Judiciário. Até 17 de maio, membros da magistratura e servidores 94 tribunais e conselhos de Justiça do país podem opinar sobre instituição em que trabalham, além de fornecer informações funcionais e pessoais e registrar sua experiência profissional atual. O levantamento vai permitir ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ter subsídios que orientem políticas e ações dirigidas às pessoas que trabalham nas diversas unidades das instituições judiciárias brasileiras. Com isso, será possível propor medidas que aperfeiçoem a prestação de serviços à sociedade.
Censo do Conselho Nacional de Justiça vai ouvir 285 mil pessoas em todas as instâncias do Judiciário do país
O que pensam os servidores da Justiça? Qual a experiência profissional? O que fariam para melhorar os serviços? Perguntas assim fazer parte do 2.º Censo do Poder Judiciário, organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A primeira edição aconteceu há dez anos e, nesta segunda edição, o questionário quer recolher opiniões e avaliações sobre políticas e demais aspectos da carreira vindas das aproximadamente 285 mil pessoas que compõem a força de trabalho do Poder Judiciário brasileiro.
O questionário eletrônico, que ficará disponível até 17 de maio, também pretende identificar o que os servidores da Justiça pensam sobre o ambiente de trabalho e sobre as políticas judiciárias em andamento. Com as respostas aos questionários, o CNJ poderá atualizar o registro histórico do perfil da magistratura e de todo o quadro funcional da Justiça, com características individuais e profissionais de cada um deles.
O questionário traz perguntas sobre trabalho remoto e teletrabalho, saúde mental, assédio, discriminação, violência ou ameaça sofrida pelos magistrados em decorrência da atuação jurisdicional e violência doméstica. Cabe lembrar que, no Censo anterior, realizado em 2013, havia perguntas sobre a presença de negros entre os magistrados. O cenário traçado pela consulta embasou a adoção de política de cotas na Justiça brasileira.
Segundo o Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), o tempo de preenchimento do questionário oscila entre cinco e dez minutos. Para a magistratura, são 63 perguntas, enquanto servidores e servidoras responderão 48 questões. A participação no censo anterior foi de 64% dos magistrados e 60% dos servidores. O CNJ espera um número maior este ano.