A “família” de robôs do Supremo Tribunal Federal (STF) não pára de crescer: no último dia 17, a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, assinou a Resolução 800/2023, que permite a a incorporação da ferramenta VitórIA de Inteligência Artificial (IA) à plataforma STF-Digital. A nova robô do STF agrupa processos por similaridade de temas, o que facilita a identificação de novas controvérsias
Com a chegada de VitórIA, o STF espera maior celeridade na análise e no julgamento dos processos, além de maior consistência nas ações, garantindo mais segurança jurídica. A robô é o primeiro projeto desenvolvido pela recém-criada Assessoria de Inteligência Artificial (AIA), em parceria com a Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) e a Secretaria de Gestão de Precedentes do STF.
STF conta agora com três robôs para garantir mais eficiência e eficácia em seus processos
VitórIA é a caçula da família de robôs desenvolvidos pelo Supremo Tribunal Federal para organizar a classificação de processos por temas. O “primogênito” da família, Victor, lançado em 2017, analisa e classifica temas de processos com repercussão geral e evita o recebimento de demandas repetitivas vindas de outros tribunais.
Já a ferramenta Rafa foi desenvolvida para classificar os processos de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelas Nações Unidas, de forma a integrar a Corte à Agenda 2030 da ONU. Até o primeiro trimestre de 2023, Rafa organizou 2.557 processos monitorados e 3.804 ocorrências relacionadas aos ODS.
Já VitórIA identifica, no acervo de processos do Tribunal, os que tratam do mesmo assunto e os agrupa automaticamente. Assim, é possível reconhecer, com mais agilidade e segurança, processos aptos a tratamento conjunto ou que podem resultar em novos temas de repercussão geral.
A data escolhida para apresentar a nova robô não poderia ser mais representativa: 17 de maio é o Dia Mundial da Sociedade da Informação. O nome também marca, segundo os ministros, uma vitória da inovação e da transparência sobre o obscurantismo e o desprezo à informação científica.